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março 23, 2007

Bifes de atum

Por coincidência, depois da minha última entrada, o meu almoço de ontem foi de bifes de atum, de bonito peixe, boas postas, bem firmes e vermelhas. Creio que merece nota porque, por curiosidade, fui ler os canhenhos e vejo muita variedade na confecção de coisa tão básica.

Olleboma, na "Culinária Portuguesa", indica apenas uma receita, à algarvia, quase como se fossem bifes de carne (e também há quem os faça assim tão simples nos Açores). Maria de Lourdes Modesto, diversifica, com receitas algarvias e madeirenses, mas, curiosamente, não açorianas. Na maioria dos casos, são variantes de ceboladas, muito simples, com excepção do atum assado, madeirense. É estranho que Augusto Gomes, na sua rica compilação de "Cozinha Tradicional da Ilha de S. Miguel", não refira uma única receita de atum fresco (excepto o seu primo, o bonito assado).

Cá em casa faz-se como sempre o comi em casa dos meus pais. Descrevo de forma rudimentar, por não merecer grandes cuidados. Alouram-se bem os bifes, de um lado e outro, em óleo (hoje uso azeite), tempera-se de ambos os lados com sal e pimenta e junta-se cebola às meia luas finas, alho pisado e picado às lâminas, até bem alourado. Acrescenta-se tomate sem pele nem pevides, cortado aos pedaços pequenos, 1 folha de louro, 1/2 colher de café de colorau (ou o equivalente de massa de pimentão), 1 c. chá de massa de malagueta, um pouco mais de sal e de pimenta, 1 raminho de salsa, 1 ponta de açaflor. Ao fim de uns minutos, rega-se com vinho branco, baixa-se o lume e tapa-se a frigideira, até molho bem apurado. Serve-se com batatas cozidas.

Outra forma tradicional micaelense, de que gosto muito, é a dos bifes de albacora com molho de vilão. Vêm no meu livro...

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