Passagem do ano

Este ano, baseou-se numa oferta de Natal que a minha mulher me deu, uma bela colecção de produtos Terras do Bosque. Foram-se os enchidos fumados de veado e de javali (melhores os suínos do que os cervídeos) e uma excelente perdiz de escabeche. Ainda ficam para futuras ocasiões a lebre com feijão e os frascos de "patés", lebre, perdiz, javali, veado.
A variar, duas coisa fora da marca. Um excelente camembert de leite cru (requisito absolutamente indispensável), no ponto certo, para meu gosto, quando já noto bem algum cheiro acholezado. Também um foie gras, mas não de lata, antes uma peça fresca trazida há tempos de Paris e congelada, o que não o afectou apreciavelmente. Mesmo que tivesse ficado diminuído, continuaria a ser muito melhor do que o foie gras semicozido ou em lata, que aqui compramos. Esteve umas horas a embebedar-se em vinho do Porto e depois foi ligeiramente frito em manteiga, às fatias, a lume baixo.
Fiquei pior em capítulo de vinhos. Temos por tradição não abrir champanhe, antes um alvarinho (história de velhas recordações que não são para contar). Normalmente, é a minha mulher que o compra, seu grande gosto. Este ano, para meu gosto, saiu-se um pouco mal com um Varanda do Conde 1999. Tem um travo que não é próprio de alvarinho e de que não gostei. Só depois percebi, é que é mistura de alvarinho e trajadura.
Finalmente, a imagem. Linda maleta em que vinham todos os produtos. Lembra-me coisa colonial inglesa, "Passagem para a Índia". Ainda a hei-de usar em viagem, ou até como pasta, quando me passar o receio de ser confundido com José "Chateau Blanc".
1 Comentários:
Feliz Ano Novo ! :-)
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